Você é responsável por uma criança com autismo (Transtorno do Espectro Autista – TEA) e busca apoio financeiro para garantir o melhor desenvolvimento e qualidade de vida para ela? O Benefício de Prestação Continuada (BPC-LOAS) pode ser um direito do seu filho. E é muito importante que você saiba: o INSS não pode negar o benefício só porque o autismo da criança é considerado “leve”.
Muitas vezes, o INSS usa essa ideia de “autismo leve” para dificultar ou negar o benefício. Mas a verdade é que o autismo nunca é realmente “leve” para quem vive com ele, e para a família que cuida. Ele sempre traz desafios e dificuldades que podem dar direito ao BPC.
Vamos explicar de forma simples como funciona o BPC para crianças com autismo e o que realmente importa para que seu filho tenha acesso a esse benefício.
O que é o BPC-LOAS para Pessoas com Deficiência?
O BPC-LOAS é um benefício assistencial garantido na Constituição e previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Ele oferece o pagamento de um salário mínimo por mês para pessoas com deficiência que não conseguem se sustentar e vivem em situação de vulnerabilidade social.
É importante lembrar que o BPC não é uma aposentadoria. Isso significa que você não precisa ter contribuído para o INSS para que seu filho tenha direito a ele, e ele não paga 13º salário nem deixa pensão por morte. É um apoio para quem mais precisa.
Autismo e o Direito ao BPC para Crianças: O que Realmente Importa?
Sim, o autismo é reconhecido por lei como uma deficiência para fins do BPC. No entanto, existe um grande engano: muitas pessoas acreditam que só o autismo “severo” dá direito ao benefício. Isso não é verdade!
A lei não pergunta se o autismo da criança é “leve”, “moderado” ou “severo”. O que ela realmente quer saber é como o autismo afeta o desenvolvimento e o dia a dia da criança. Ou seja, o foco está no impacto que o autismo causa na capacidade da criança de participar plenamente da sociedade, de aprender, de se comunicar e de realizar atividades típicas da idade.
Pense assim: não importa o “nome” que se dá ao autismo, mas sim se ele impede seu filho de se desenvolver e viver uma infância sem grandes dificuldades. Da mesma forma, o que importa para o BPC é se o autismo, por suas características, cria dificuldades duradouras que, junto com as barreiras do ambiente (como a falta de compreensão das pessoas, a dificuldade de comunicação ou a necessidade de acompanhamento constante), tornam a vida da criança mais difícil.
Essas dificuldades podem ser, por exemplo:
Se a criança com autismo, por causa dessas condições, enfrenta grandes dificuldades para se desenvolver, socializar ou se manter, ela pode ter direito ao BPC, mesmo que alguém diga que o autismo dela é “leve”.
Como o INSS Avalia o Autismo em Crianças para o BPC?
Para decidir se a criança com autismo tem direito ao BPC, o INSS realiza duas avaliações:
É fundamental que tanto a avaliação médica quanto a social foquem no impacto real do autismo no desenvolvimento e na vida da criança, e não apenas em um rótulo de “leve” ou “severo”.
Requisitos Financeiros e CadÚnico
Além da avaliação da deficiência, é preciso atender aos requisitos de renda e cadastro:
Documentos Essenciais para o Pedido
Para solicitar o BPC para uma criança com autismo, é importante ter os seguintes documentos:
Busque Ajuda Especializada para Garantir o Direito do Seu Filho
O processo de solicitação do BPC pode ser complexo, especialmente para demonstrar o impacto do autismo no desenvolvimento da criança e garantir que todas as informações sejam apresentadas corretamente ao INSS.
Nossa equipe de advogados especialistas está pronta para ajudar você a garantir o direito ao BPC para seu filho com autismo. Se você:
Uma avaliação técnica especializada do caso do seu filho é fundamental. Estamos aqui para orientar e defender os direitos da sua família, buscando o melhor caminho para que a criança com autismo tenha o apoio que merece.